Como o Zero-Party Data revolucionou o relacionamento com os clientes

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Como o Zero-Party Data revolucionou o relacionamento com os clientes

Como marcas constroem conexões duradouras ao investir em transparência, credibilidade e valor real na jornada do cliente? Te explicamos como usar zero party data no B2B para escalar personalização em 2026! 

Com a morte iminente dos cookies de terceiros, o rigor crescente da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e o avanço dos bloqueadores de rastreamento, o modelo tradicional de coleta de informações se tornou insustentável e ineficaz.  

Empresas B2B que dependiam majoritariamente de mídia paga e dados indiretos enfrentam agora a dor real de uma queda na efetividade e na baixa qualidade de suas bases de leads e precisam se preparar para um mercado diferente em 2026. 

Diante desse cenário, a busca por dados mais confiáveis, éticos e, acima de tudo, acionáveis, transforma-se de uma vantagem competitiva em uma necessidade de sobrevivência. Te mostramos um guia prático com exemplos dessa estratégia em B2B! 

O que é Zero-Party Data e por que ele é essencial no B2B? 

O Zero-Party Data é definido como a informação que um cliente compartilha intencionalmente e proativamente com uma empresa. Não é deduzido por comportamento de navegação (como o clique em um link), mas sim fornecido de forma direta e consciente. 

No contexto B2B, onde o ciclo de vendas é complexo e o ticket médio é alto, essa distinção é crucial. Para fechar negócios de alto valor, a equipe de vendas precisa entender profundamente o problema exato que o prospect está tentando resolver. 

Outros fatores como orçamento disponível e as tecnologias que o prospect já utiliza e o cronograma de implementação também precisam ser levados em consideração. 

Benefícios do Zero-Party Data para estratégias B2B   

O Zero-Party Data é a única forma de obter essas informações com 100% de precisão, tornando-o o tipo de dado mais confiável disponível para o B2B. 

Essa estratégia atua em todas as etapas, mas seu impacto é mais notável no meio e fundo do funil.  

Ele permite que a equipe de SDR/Vendas abandone o cold call genérico e inicie a conversa com uma proposta de valor ultra-personalizada, baseada nos dados que o próprio lead forneceu. 

Exemplos de Zero-Party Data aplicados ao B2B 

A coleta de Zero-Party Data deve ser tratada como uma troca de valor: o cliente fornece a informação e, em troca, recebe algo que o ajuda imediatamente. 

Formato de Coleta Descrição Zero-Party Data Gerado Área de Aplicação 
Questionários de Diagnóstico Um breve quiz (3-5 perguntas) que avalia o nível de maturidade do prospect em um tema específico. Nível de maturidade, principais desafios e prioridades de investimento. Conteúdo, Vendas, ABM 
Calculadoras Interativas Ferramenta que permite ao prospect calcular o ROI, economia ou custo de implementação da solução. Orçamento, timeline, volume de dados ou número de usuários. Vendas, Produto, Pricing 
Preferências de Conteúdo Opt-in em uma landing page onde o usuário escolhe os temas ou formatos que deseja receber (e-mail, webinar, podcast). Preferências de formato e tema, frequência desejada. Nurturing, E-mail Marketing 
Formulários Inteligentes Formulários que ajustam as perguntas com base nas respostas anteriores ou no perfil inicial do usuário. Intenção de compra, tecnologias concorrentes utilizadas. Geração de Leads, CRM 
Perguntas de Onboarding Perguntas no primeiro login de um novo cliente para personalizar a experiência na plataforma. Objetivos de uso, funcionalidades prioritárias, métricas de sucesso. Sucesso do Cliente (CS) 

A maneira como as questões para os clientes são formuladas também influencia na coleta das informações. Ao invés de perguntar “Qual o seu cargo?”, por exemplo, a empresa pode questionar “Qual dos desafios a seguir é sua principal prioridade para os próximos seis meses: [A, B, C]?” ou “Qual tecnologia você usa atualmente para [solução específica]?” ou ainda “Sua empresa compra suprimentos [mensalmente, trimestralmente, anualmente]?”. 

A implementação de uma estratégia de Zero-Party Data exige um alinhamento entre: 

  • Marketing 
  • Vendas 
  • TI 

para identificar as necessidades de dados, criar touchpoints de troca de valor, definir as perguntas que devem ser feitas garantir governança e consentimento e integrar ferramentas, como: CDP (Customer Data Platform), CRM (Customer Relationship Management) e Plataformas de Automação. 

O que não fazer? 

Profissional desenhando protótipo de interface mobile em um quadro branco com anotações e post-its, representando o processo de design centrado no usuário.

Agora que você já entendeu os benefícios dessa estratégia, te mostramos o que não fazer ao aplicá-la:  

Solicitar muitos dados 

Um exemplo de erro comum é quando a empresa solicitar dados demais logo no início. Se o formulário tiver mais de cinco campos sem uma promessa de valor muito grande, a taxa de abandono será alta.  

Comece com uma ou duas perguntas cruciais e colete o resto gradualmente (Progressive Profiling). 

Não criar perguntar genéricas  

Também não se deve criar perguntas pouco relevantes ou genéricas. Perguntas como “Qual seu maior desafio?” sem opções de resposta predefinidas geram dados de baixa qualidade e difíceis de processar.  

Falta de comunicação entre equipes 

A falta de integração entre dados e vendas também é um problema a ser evitado.  O pior erro é a equipe de vendas não ter acesso imediato aos dados declarados ou, pior, ignorá-los. O Zero-Party Data deve disparar alertas e personalizar o script de vendas. 

Não usar as informações coletadas na personalização real 

Se o lead declarar que quer conteúdos sobre “Growth Hacking”, mas continuar recebendo e-mails sobre “Infraestrutura de Servidores”, a confiança será quebrada. Use o dado imediatamente. 

A verdadeira magia do Zero-Party Data reside na sua capacidade de criar experiências que parecem ser feitas sob medida, então aproveite seu conhecimento para criar e-mails dinâmicos, conteúdos por segmento e ofertas de mídia: Exclusão de leads que já declararam ter orçamento apertado de campanhas de anúncios que promovem a versão mais cara da sua solução. 

Os resultados que as empresas podem esperar são: aumento significativo na taxa de conversão, maior engajamento com o conteúdo e uma redução no churn rate (evasão de clientes) devido a ofertas e comunicações mais relevantes. 

Quer otimizar sua estratégia B2B com dados realmente valiosos? 

O zero-party data é decisivo no B2B moderno — ele garante informações precisas, consentidas e altamente acionáveis, fortalecendo personalização, confiança e performance comercial. 

Em 2025, apenas empresas com estratégias de dados transparentes e centradas no cliente sairão na frente. O passo seguinte é alinhar todos os times para uma comunicação centralizada e coesa.  

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