A Insider não “só” trocou de nome. Quando vira Insider One e fala em The Great Reset in MarTech, ela está dizendo, na prática, que acabou a era das stacks gigantes e cheias de fricção. O conceito por trás de Insider One parte exatamente dessa ruptura: se a última década foi marcada por um marketing paralisado por arquiteturas complexas, integrações frágeis e times sobrecarregados, agora a ambição é outra. A proposta é oferecer tudo o que os times de marketing e customer engagement precisam, em um único lugar, com IA acima da stack, e não fragmentada dentro dela.
Confira todos os detalhes sobre o rebranding da plataforma aqui.
Growth Makers Club Brasil

Durante a realização da 2ª edição do Growth Makers Club, premiação exclusiva para clientes e parceiros realizada em São Paulo, esse novo posicionamento deixou de ser discurso e virou demonstração. O palco mostrou uma plataforma que se assume como AITech, não só MarTech, e que se organiza em torno de três promessas muito claras: ajudar as marcas a serem first, focused e progressive, primeiro a se mover, focadas no que importa (cliente, não ferramenta) e constantemente à frente.
Mais do que falar de “personalização omnichannel”, a Insider One mostrou como quer ser o sistema operacional da experiência, com CDP, canais, IA e operação no mesmo lugar, reduzindo drasticamente o custo de coordenar dezenas de vendors e integrações.
O recado é direto: se o seu time ainda gasta mais tempo “cuidando da tecnologia” do que desenhando experiências, tem algo muito errado com a sua stack, não com a sua equipe.
Dentro dessa visão, a plataforma apresentou um pacote impressionante de novidades que deixam claro onde a Insider One está colocando suas fichas.
As 10 principais inovações da Insider One

1. Insider One & “The Great Reset in MarTech”
O primeiro movimento é conceitual, mas tem impacto prático: a rebranding para Insider One e a tese do The Great Reset in MarTech.
A empresa assume publicamente que a indústria falhou ao criar “poluição digital” e promete o oposto: uma única plataforma, todos os canais, infinita possibilidade de orquestração, com IA atuando acima da stack, guiando decisões, e não apenas plugada como mais um módulo.
É o “one platform, every channel, infinite possibilities” como novo padrão de vendor: tecnologia + experiência de fornecedor + comunidade (Growth Makers Club).
2. Expressions: CDP que também transforma dados
Se antes a CDP era visto só como repositório e camada de ativação, agora a Insider traz Expressions:
- Criar novos atributos a partir de atributos existentes;
- Somar, calcular médias, diferenças, normalizações;
- Transformar dados direto no data layer da própria plataforma, sem depender de times de dados externos.
Na prática, o CDP deixa de ser “onde o dado chega pronto” e passa a ser o lugar onde o dado é enriquecido para ativação inteligente, reduzindo o tempo entre insight e campanha.
3. Nested Segments: reaproveitar inteligência, não refazer trabalho
Outra evolução fundamental é o Nested Segments: a possibilidade de usar segmentos já salvos como blocos dentro de novos segmentos.
Você pode:
- Incluir uma audiência existente dentro de outra;
- Excluir uma audiência recorrente sem recriar toda a lógica;
- Reaproveitar clusters mais usados em dezenas de novas segmentações.
É uma funcionalidade simples na superfície, mas que muda o dia a dia: menos retrabalho, mais consistência na governança de segmentos.
4. Audience Analytics & relatórios de tendência de segmentos
Se antes o foco de analytics era campanha e comportamento, agora entra um módulo dedicado a Audience Analytics:
- Visão detalhada do tamanho da segmentação;
- Comportamento médio;
- Ticket, frequência, engajamento;
- Evolução da audiência ao longo do tempo.
Saímos da visão estática e passamos a enxergar como cada público cresce, encolhe ou muda de padrão de compra na linha do tempo.
Resultado: menos export para o BI, mais decisão tomada dentro da Insider.
5. Conectores bidirecionais + camada de observabilidade: CDP como plataforma de dados
Um ponto forte do roadmap apresentado foi a evolução da camada de integrações, agora com uma visão mais robusta de observabilidade e governança do fluxo de dados:
- Conectores nativos e bidirecionais com Treasure Data, Amazon S3 (agora 2-way), Databricks, Snowflake e outras plataformas de dados corporativas;
- Integrações específicas com plataformas de loyalty e sistemas transacionais;
- Foco explícito em monitorar a integridade das fontes, a qualidade do dado, erros, falhas e status das integrações em tempo real.
Aqui, a discussão vai além de “ter conector”. A proposta é monitorar e governar o ciclo completo do dado, entendendo se ele flui corretamente entre sistemas, onde há rupturas, qual a latência e qual o impacto na experiência do cliente.
Essa abordagem aproxima a Insider One de uma visão de “sala de controle” do ecossistema de dados de marketing, e não apenas de um destino de eventos ou camada de ativação. A CDP assume o papel de plataforma de dados, conectada ao Data Lake / Warehouse e com maior atenção ao fluxo operacional que sustenta a personalização, segmentação e as jornadas omnichannel.
6. Experimentação séria: grupos de controle globais e jornadas mais inteligentes
A vocação histórica da Insider em personalização e teste A/B ganhou musculatura:
- Grupo de controle geral de jornadas: definir um percentual da base que não entra em nenhuma jornada, para comparar se a orquestra realmente gera lift;
- Grupos de controle individuais em blocos de review split dentro das jornadas;
- Copy & paste de caminhos inteiros no Architect (não só de elementos);
- Dynamic Wait: tempo de espera dinâmico por pessoa, baseado em eventos, e não só em datas fixas.
Isso tudo coloca experimentos e governança no centro da orquestração, permitindo que o time responda à pergunta que mais importa:
“O que estamos fazendo realmente gera impacto, ou só cria complexidade bonita no fluxograma?”
7. Sirius AI + web por prompt: IA como motor de criação e operação
A Sirius AI já ajudava na criação de campanhas, jornadas, imagens e segmentações. Agora ela avança para a camada web:
- Time de web editando páginas e campanhas no site via prompt;
- Variações criativas geradas automaticamente;
- Jornadas inspiradas em dados históricos, não só em feeling.
É a visão de IA acima da MarTech ganhando forma: em vez de ser só um recurso “dentro de um canal”, a IA passa a ser o orquestrador da experiência, sugerindo, ajustando e acelerando o trabalho dos times.
8. Message Center in-app (“o sininho”) como novo canal nativo
Há anos o mercado pedia isso. Agora entra o Message Center nativo dentro do app:
- O “sininho” com feed de notificações persistentes;
- Campanhas específicas para essa área;
- Segmentações dedicadas;
- Tudo integrado à mesma CDP.
Na prática, o app deixa de ser “só push e banners” e passa a ter um hub de comunicação proprietário, que o marketing controla diretamente, sem gambiarras de API nem dependência total do time de produto.
9. Evolução de canais: Liquid, RSS nativo, busca semântica e novas formas de engajamento
Várias “pequenas” inovações se acumulam em uma mudança grande:
- Liquid como linguagem de template, permitindo lógica avançada em e-mails e outros canais, especialmente para quem vem de AMPscript;
- RSS nativo na plataforma, em parceria com Cinti, com gestão feita dentro do painel da Insider, inclusive para casos de WhatsApp + RSS;
- Evolução do módulo de busca Eureka para busca semântica, entendendo intenção, não só palavra-chave;
- Novos templates gamificados (jogo da memória, clique, wheel of fortune etc.), reforçando a aposta em experiências interativas como formato de engajamento;
- Melhorias em App push (CTAs em botões) e em WhatsApp (múltiplos números no mesmo painel, novos templates de cupom, variações por template com tracking de conversão).
Esse conjunto mostra uma plataforma que não está só “adicionando canais”, mas refinando cada canal para aumentar engajamento e capacidade de mensuração.
10. Agent: Insights, Shopping Agent e Support Agent
Fechando o pacote, talvez a parte mais futurista: o lançamento do Agent, com três módulos principais:
- Agent Insights: um “analista conversacional” dentro dos dashboards. Você pergunta “qual canal está performando melhor?” ou “o que eu deveria mudar nesta campanha?” e recebe respostas e análises guiadas por IA, olhando os dados reais;
- Shopping Agent: um concierge de vendas dentro do e-commerce, combinando CDP, catálogo, recomendação e chatbot. O usuário descreve o que procura (“quero um presente para meu filho”), o agente faz perguntas, entende contexto e devolve recomendações de produtos personalizadas, não listas genéricas;
- Support Agent: um agente de suporte integrado a bases de conhecimento e APIs transacionais (pedido, status, troca de assento, upgrade, reclamação), multilingue e já rodando em casos como Turkish Airlines, com atendimento conversacional e resolução efetiva.
Aqui a Insider One explicita a visão de AITech: unir dados, canais e IA em agentes especializados que atuam direto onde valor e fricção acontecem: venda e pós-venda.
Se antes a Insider era percebida “apenas” como uma referência em personalização e orquestração, a nova fase como Insider One coloca a plataforma em outro patamar:
- CDP que transforma dado, não só armazena;
- IA que orquestra decisões, não só gera texto;
- Canais que conversam entre si, não vivem em silos;
- Vendor experience como diferencial, não como detalhe comercial.
E talvez essa seja a maior provocação da nova marca: num mundo em que quase toda MarTech virou sinônimo de complexidade, a aposta da Insider One é que o próximo unicórnio não será quem tiver mais features, mas quem conseguir entregar tudo em um só lugar, com menos atrito e mais resultado real.
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